Negra


Marie-Guillemine Benoist, nascida como Marie-Guillemine de Laville-Leroux (Paris, 18 de dezembro de 1768 – idem 8 de outubrode 1826), pintora francesa de estilo neoclásico, histórico e de pintura de génerogénero]].
Filha de servidor público, formou-se graças a Élisabeth Vigée Lhe Brun em 1781 e a oficina de Jacques-Louis David em 1786, como sua irmã Marie-Élisabeth Laville-Leroux.
Em 1784, conhece ao poeta Charles-Albert Demoustier, quem inspirou-se nela para a personagem de Émile de sua obra Lettres à Émilie sul a mythologie (1801).
Expõe pela primeira vez no Salão de Paris em 1791 um quadro inspirado na mitología Psyché faisant ses adieux à sa famille. Seu quadro L'Innocence entre a vertu et lhe vice da mesma época e também inspirado na mitología reflete suas inquietudes feministas. Neste quadro, o vício aparece em forma de varão]], papel tradicionalmente unido a uma personagem feminina.
Casou-se em 1793 com o advogado Pierre-Vincent Benoist.
Para 1795, evolui à pintura de género por influência de David.
Continua expondo no Salão de 1800, seu Portrait d’une négresse. Depois de seis anos da abolição da escravatura, este quadro converte-se em manifesto a favor da emancipación da mulher e as pessoas de raça negra]]. Este quadro será adquirido por Luis XVIII para o estado francês em 1818.
Em 1804 , recebe uma medalha de ouro do Salão e obtém uma pensão governamental. Abre ademais uma oficina exclusivamente para mulheres. Ademais, Napoléon Bonaparte, então Premier Consul francês, encarrega-lhe um retrato em honra à cidade de Gante.
Na Restauração, seu marido o conde Benoist, monárquico convencido, foi processado pelo Conseil d’État e ela deve deixar a pintura na cimeira de sua carreira.
Óleo sobre tela, dimensão 50X70 estilo acadêmico.A assinatura completa e encerra todo o trabalho "Max".

Orquídeas


A palavra orquídea tem origem no vocábulo grego "orkhis". O qual significa testículo. O nome da família - Orchidaceae - foi assim estabelecido pelo fato das primeiras espécies conhecidas possuírem duas pequenas túberas (espécie de calo) gêmeas, que na visão dos povos que as descobriram sugeriam os testículos humanos.
Provavelmente a primeira referência documentada desse nome tenha sido feita no terceiro século a.C. pelo filósofo e naturalista grego Teofrasto, em sua obra sobre as plantas. Esse estudioso foi discípulo de Aristóteles e é considerado o pai da Botânica.
Naquela época as pessoas acreditavam que esses tubérculos existentes nas orquídeas locais tinham poderes afrodisíacos e então os usavam na alimentação, depois de convincentemente separados...
É óbvio que a história das orquídeas data de muitos milhares de anos atrás, tendo os nossos ancestrais com certeza se deparado com elas em muitas oportunidades; mas não existem dados concretos sobre isso e só podemos citas aquilo que está de alguma forma registrado.
Assim, no meio de tamanha obscuridade, podemos citas referências feitas às orquídeas pelos chineses há aproximadamente 4 mil anos, quando a palavra "lan", que identifica essas palavras, aparece citada.
O célebre Confúcio (551 a 479 a.C.) também faz algumas referências às orquídeas, e no século III são mencionadas duas espécies dessa família de plantas num manuscrito chinês de botânica. Em alguns outros livros chineses escritos entre 290 e 370 d.C, há referências mais concretas sobre as orquídeas.
Ainda na China, mais tarde durante a Dinastia Sung (960 a 1279), apareceram muitos trabalhos dissertando sobre as orquidáceas, abrangendo os mais diversos aspectos dessas plantas.
No ocidente, depois de Teofrasto, no primeiro século da nossa era, apareceu uma obra intitulada "Matéria Médica", onde o autor, um médico grego de nome Dioscórides, reuniu informações sobre 500 plantas ditas medicinais, entre as quais se incluíram duas orquídeas.
Na história dos antigos povos das Américas, também são feitas referências às orquídeas. As mais importantes no que diz respeito à utilização pelos astecas e mais das favas da Vanilla que eles usavam para dar aroma a algumas das suas bebidas. O nome asteca para a baunilha era "tlilxochitl", que significa flor negra, numa alusão às favas pretas dessas plantas quando maduras. Os maias a chamavam de "sisbic".
Com o domínio espanhol sobre esses povos, as favas da Vanilla foram introduzidas na Europa. Hoje a Vanilla é usada como aromatizante em todo o mundo, conhecido como baunilha.
No século XVI eram mencionadas apenas 13 espécies européias de orquídeas, todas terrestres. Só bem mais tarde os botânicos começaram realmente a tentar classificar as plantas de uma maneira ordenada, aparecendo então menções de orquídeas vindas para a Europa de várias partes do mundo.
Em 1735, o famoso botânico sueco Lineu (Linnaeus, ou ainda Carl von Liné), no seu trabalho "Species Plantarum", começou a estabelecer a primeira classificação das plantas usando um nome genérico seguido de um nome específico, empregando então pela primeira vez a palavra Orchis para designar um gênero de orquídeas, e citando 62 espécies diferentes nesse seu trabalho. Mais tarde Jussieu usou esse nome para designar toda a família Orchidaceae.
A primeira orquídea americana oficialmente registrada saiu da América Central e floriu na Europa em 1732, recebendo o nome de Bletia verecunda. Em 1788 floriu na Europa e foi registrado o então Epidendrum fragrans Sw. Atualmente essa planta chama-se Prosthechea fragrans (Sw.) W.E. Higgins, e até que se descubra uma outra planta brasileira de menção anterior, temos de considera-la como a primeira orquídea brasileira registrada, embora de forma indireta, pois ela não saiu do nosso País e sim da América Central.
Os estudos de Lineu foram o ponto de partida para as importantíssimas pesquisas de Darwin, que culminaram com a sua teoria da evolução das espécies, entre muitos outros trabalhos.
Em geral os coletores que viajavam pelo mundo não eram os responsáveis pelas descrições das espécies, mesmo que fossem botânicos, como era o caso de von Martius e de Saint-Hillaire, pois tinham que atender nessas suas expedições a muitos interesses. Os estudos e descrições das plantas eram feitos por botânicos que trabalhavam em diversas instituições européias.
Em 1830, o inglês John Lindley fez a primeira classificação sistemática das orquídeas. É ele o responsável pelo estabelecimento de mais de 350 orquídeas brasileiras, ou seja, mais que 10% de todas as nossas espécies conhecidas até os dias de hoje.
As orquídeas constituem, com suas mais de 25 mil espécies registradas até o momento, uma das maiores e mais evoluídas famílias do Reino Vegetal, possibilitando ainda a formação de inúmeros híbridos, por meio de cruzamentos ocorridos na natureza, bem como realizados de forma artificial pela mão humana.
Elas vegetam nos mais diversos ambientes, desde regiões frias a quentes; de secas a muito úmidas; de elevadas até baixas altitudes. Existem em maior número de espécies nas regiões tropicais e subtropicais, em altitudes não superiores a 2 mil metros. Muitas orquídeas, principalmente as que vivem nas regiões frias ou temperadas, crescem no solo, sendo chamadas de terrestres.
nas zonas tropicais e subtropicais, a predominância das espécies ocorre nas florestas, onde a umidade atmosférica é muito alta, com dias relativamente quentes e noites mais frescas. Lá as orquídeas ocorrem, na sua maioria, sobre as árvores e outros vegetais, dividindo o espaço com outras famílias de plantas. Neste caso são chamadas de epífitas.
É importante esclarecer que nenhuma orquídea é parasita, usando as árvores ou outros vegetais apenas como hospedeiros, sem deles nada tirar.
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Nossa Senhora das Dores

Nossa Senhora das Dores (também chamada Nossa Senhora da Piedade, Nossa Senhora da Soledade, Nossa Senhora das Angústias, Nossa Senhora das Lágrimas, Nossa Senhora das Sete Dores, Nossa Senhora do Calvário ou ainda Nossa Senhora do Pranto, e invocada em latim como Beata Maria Virgo Perdolens, ou Mater Dolorosa) é um dos plúrices títulos pelos quais a Igreja Católica venera a Virgem Maria, sendo sob essa designação particularmente cultuada em Portugal.
A Coroa de Nossa Senhora das Dores teve início na Itália em 1617, por iniciativa da Ordem dos Servos de Maria, assim como a Missa de Nossa Senhora das Dores, que hoje é celebrada em toda a Igreja no dia 15 de setembro.
A Coroa é um dos frutos do carisma mariano da Ordem, cultivado desde 1233, ano de Vossa fundação. A Coroa surgiu inicialmente como alimento da piedade Mariana dos leigos reunidos em grupos chamados Ordem terceira.
A devoção à Nossa Senhora das Dores possue fundamentos bíblicos, pois é na Palavra de Deus que encontramos as sete dores de Maria: o velho Simeão que profetiza a lança que transpassaria (dor) o seu coração Imaculado; a fuga para o Egito; a perda do menino Jesus; a paixão do Senhor; Crucifixão-morte e sepultura de Jesus Cristo. Nós, como Igreja, não recordamos as dores de Nossa Senhora pelas dores, mas sim por que também pelas dores oferecidas participou ativamente da Redenção de Cristo. Desta forma Maria, imagem da Igreja, está nos apontando para uma Nova Vida, que não significa ausência de sofrimentos, mas sim oblação de si para uma Civilização do Amor.
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O Leão


O leão (do latim leone)[1][2] (Panthera leo) é um dos quatro grandes felinos no gênero Panthera, e um membro da família Felidae. Com alguns machos excedendo 250 kg em peso, ele é o segundo maior felino vivente depois do tigre. Leões selvagens existem atualmente na África Subsaariana, e na Ásia com uma população reminescente em perigo crítico, na Floresta de Gir na Índia, tendo desaparecido da África do Norte e do Sudoeste Asiático em tempos históricos. Até o Pleistoceno tardio, o qual foi há cerca de 10 000 anos, o leão era o mais difundido grande mamífero terrestre depois dos humanos. Eles era encontrados na maior parte da África, muito da Eurásia, da Europa Ocidental à índia, e na América do Yukon ao Peru.
Leões vivem por volta de 10-14 anos na natureza, enquanto em cativeiro eles podem viver mais de vinte anos. Na natureza, machos raras vezes vivem mais do que dez anos, visto que ferimentos sofridos em combate contínuo com machos rivais reduz sua longevidade. Originalmente encontrado na Europa, Ásia e África. Tais felinos possuem coloração variável, entre o amarelo-claro e o marrom-escuro, com as partes inferiores do corpo mais claras, ponta da cauda com um tufo de pêlos negros (que encobrem um esporão córneo, para espantar moscas) e machos com uma longa juba. Há ainda uma raridade genética de leões brancos, que apresentam dificuldades de sobrevivência por se destacarem nas savanas ou selvas, logo, tendo imensas dificuldades de caça. São exclusivos da reserva de Timbavati.
Os leões estão muito concentrados atualmente nas savanas reservadas, onde caçam principalmente grandes mamíferos, como antílopes, zebras, javalis; um grupo abate um búfalo-africano entretanto, se o bando estiver faminto pode abater um elefante jovem, na maioria das vezes, e que esteja só. Também é frequente o confronto com hienas, estando estas em bandos ou não, por disputa de território e carcaças.
O leão é apelidado de o "rei dos animais" por se encontrar - em condições naturais e normais - no topo da cadeia alimentar dos animais que habitam em terra seca. Apesar disso, são os felinos mais sociáveis do mundo: um grupo pode possuir até quarenta indivíduos, composto na maioria por fêmeas.
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Um par de sapatos


Primeiros anos
Vincent nasceu em Zunderrt, uma cidade próxima a Breda, na província de Brarrabante do Norte, nos Países Baixos (mais conhecidos no Brasil e em Portugal como Holanda). Era filho de Theodorus, um pastor da Igreja Reformada Neerlandesa, e de Anna Cornelia Carbentus. Recebeu o mesmo nome de seu avô paterno e também daquele que seria o primogênito da família, morto antes mesmo de nascer exatamente um ano antes de seu nascimento. Especula-se[2] que este fato tenha influenciado profundamente certos aspectos de sua personalidade, e que determinadas características de sua pintura (como a utilização de pares de figuras masculinas) tenham sido motivadas por isso. Ao todo, Vincent teve dois irmãos: Theodorus, apelidado de Theo, e Cornelius (Cor); e três irmãs: Elisabeth, Anna e Willemina (Will).
Vincent era uma criança séria, quieta e introspectiva. Desenvolveu através dos anos uma grande amizade e forte ligação com seu irmão mais novo, Theo. A vasta correspondência entre Theo e Vincent foi preservada e publicada em 1914, trazendo a público inúmeros detalhes da vida privada do pintor, bem como de sua personalidade. É através destas cartas que se sabe que foi Theo quem suportou financeiramente o irmão durante a maior parte da sua vida.
Aos 16 anos, por recomendação de seu tio Vincent (ou Cent), começou a trabalhar para um comerciante de arte estabelecido na Haia, na empresa Goupil & Cie. Quatro anos depois foi transferido para Londres, e depois para Paris.[1]
No entanto, Vincent estava cada vez mais interessado em assuntos religiosos, e acabou sendo demitido da galeria. Ele então decidiu retornar à Inglaterra para fazer um trabalho sem remuneração. Durante o Natal, Van Gogh retornou para casa e começou a trabalhar numa livraria. Ele ficou seis meses no novo emprego, onde gastava a maior parte de seu tempo traduzindo a Bíblia.
Em 1877 sua família mandou-o para Amsterdam, onde morou com seu tio Jan. Vincent preparou-se para os exames de admissão da Universidade de Teologia com seu tio Johannes Stricker (teólogo), mas fracassou. Mudou-se então para a Bélgica, e novamente fracassou nos estudos da escola Missionária Protestante. Em 1879, ainda na Bélgica, começou um trabalho temporário como missionário em uma comunidade pobre de mineiros
Estudos de arte
Em 1880, Vincent decidiu seguir a sugestão do seu irmão Theo e levar a pintura mais a sério. Ele partiu para Bruxelas para tomar aulas com Willem Roelofs, que o convenceu a tentar a Academia Royal de Artes. Lá ele estudou um pouco de anatomia e de perspectiva.
Em 1881, Van Gogh mudou-se com a família para Etten, onde ficou amigo de Kee Vos-Stricker, sua prima e filha de Johannes Vicent Stricker. Ao pedi-la em casamento, ela o recusou com um energico "nunca". Porém, Van Gogh insistiu em sua idéia, o que gerou conflitos com seu pai. No final do mesmo ano, Vincent partiria para a Haia.
Na Haia, ele juntou-se a seu primo, Anton Mauve, nos estudos de arte. Envolveu-se com uma prostituta grávida e já mãe de um filho, conhecida como Sien. Quando o pai de Van Gogh soube do relacionamento do filho, exigiu que ele a abandonasse.
Em 1883, mudou-se para Nuenen (Holanda) onde se dedicou à pintura. Lá se apaixonou pela filha de uma vizinha, Margot Begemann. Decidiram se casar, mas suas famílias não aceitaram o casamento, o que fez com que Margot tentasse o suicídio.
Em 1885, o pai de Van Gogh morreu de infarte. Neste mesmo ano ele pintou aquela que é considerada a sua primeira grande obra: Os Comedores de Batata. Em novembro do mesmo ano, muda-se para Antuérpia.
Com pouco dinheiro, ele preferia mandar dinheiro para Theo em Paris, para que este lhe enviasse material de pintura, a comer uma boa refeição. Enquanto estava em Antuérpia, dedicou-se ao estudo das cores e visitou museus, apreciando trabalhos principalmente de Peter Paul Rubens, e tornou-se um bebedor freqüente de absinto. Foi nesta altura que entrou em contacto com a arte japonesa, da qual se tornou fervoroso admirador e que posteriormente o influenciaria pelas cores fortes e uso das linhas.
Em 1886, matriculou-se na Ecole des Beaux-Arts de Antuérpia.
Paris
Em março de 1886, Van Gogh mudou-se para Paris, onde dividiu um apartamento em Montmartre com Theo. Depois, os dois mudaram-se para um apartamento maior na Rue Lepic, 54. Por alguns meses, Vincent trabalhou no Estúdio Cormon, onde conheceu os artistas John Peter Russell, Émile Bernard e Henri de Toulouse-Lautrec, entre outros.[1] Este último, alcóolatra, apresenta van Gogh ao absinto, bebida popular da ocasião, que viria a ser muito consumida pelo pintor, que a retratou em Natureza Morta com Absinto. O absinto possuía como principal ingrediente uma planta alucinógena de nome Artemisia absinthium e cuja graduação alcóolica era de 68%. O absinto, também conhecida como "fada verde" devido aos efeitos alucinógenos, foi responsabilizado por alucinações, surtos psicóticos e mesmo mortes.[3]
Através de Theo, conhece Monet, Renoir, Sisley, Pissarro, Degas, Signac e Seurat. [1]
Naquela época, o impressionismo tomava conta das galerias de arte de Paris, mas Van Gogh tinha problemas em assimilar esse novo conceito de pintura. Vincent e Émile Bernard começaram o uso da técnica do pontilhismo, inspirados em Georges Seurat.
A partir de sua estada em Paris, Van Gogh abandona sua temática sombria e obscura de camponeses e suas obras recebens tons mais claros. São desta época os quadros Mulher sentada no Café du Tambourin, A ponte Grande Jatte sobre o Sena, Quatro Girassóis, os Retratos de Père Tanguy, entre outros.[1]
Em 1887, conhece Paul Gauguin, e mais para o final do ano expõe em Montmartre. No próximo ano, decide mudar-se de Paris
Arles
Vincent van Gogh chegou em Arles, no Sul de França, no dia 21 de fevereiro de 1888. A cidade era um local que o impressionava pelas paisagens e onde esperava fundar uma colônia de artistas.
Com objetivo de decorar a sua casa em Arles (conhecida como A Casa Amarela, retratada em uma de suas obras), Van Gogh pintou a série de quadros com girassóis, dos quais um se tornaria numa de suas obras mais conhecidas. Dos artistas que deixara em Paris, apenas Gauguin respondeu ao convite feito para se instalar em Arles. O Vinhedo Vermelho, único quadro vendido durante a sua vida, foi pintado nesta altura. Ele o vendeu por 400 francos.
Gauguin e Van Gogh partilhavam uma admiração mútua, mas a relação entre ambos estava longe de ser pacífica e as discussões, freqüentes. Para representar as relações abaladas entre os dois, Van Gogh pinta a A Cadeira de Van Gogh e a A Cadeira de Gauguin, ambas de dezembro de 1888. As duas cadeiras estão vazias, com objetos que representam as diferenças entre os dois pintores. A cadeira de van Gogh é sem braços, simples, com assento de palha; a de Gauguin possui assento estofado e possui braços.
Mediante os diversos conflitos, Gauguin pensa em deixar Arles: "Vincent e eu não podemos simplesmente viver juntos em paz, devido à incompatibilidade de temperamentos", queixou-se ele a Theo. Gauguin sentia-se incomodado com as variações de humor de Vincent pela pressão exercida pelas mesmas.
Em 23 de dezembro de 1888, após a saída de Gauguin para uma caminhada, van Gogh o segue e o surpreende com uma navalha aberta. Gauguin se assusta e decide pernoitar em uma pensão. Transtornado e com remorso pelo feito, Vincent corta um pedaço de sua orelha direita, que embrulha em um lenço e leva, como presente, a uma prostituta sua amiga, Rachel. Vincent retorna à sua casa e deita-se para dormir como se nada acontecera. A polícia é avisada e encontra-o sem sentidos e ensanguentado. O artista é encaminhado ao hospital da cidade.[4] Gauguin então manda um telegrama para Theo e volta para Paris, julgando melhor não visitar Vincent no hospital.
Vincent passa 14 dias no hospital, ao final dos quais retorna à casa amarela. Em seu retorno pinta o Auto-Retrato com a Orelha Cortada. O episódio trágico convenceu van Gogh da impossibilidade de montar uma comunidade de artistas em Arles. [1]
O estilo de pintura acompanhou a mudança psicológica e Van Gogh trocou o pontilhado por pequenas pinceladas.
Quatro semanas após seu retorno do hospital, van Gogh apresenta sintomas de paranóia e imagina que lhe querem envenenar. Os cidadãos de Arles, apreensivos, solicitam seu internamento definitivo. Sendo assim, van Gogh passa a viver no hospital de Arles como paciente e preso.
Rejeitado pelo amigo Gauguin e pela cidade, descartados seus planos da comunidade de artistas, se agrava a depressão de van Gogh, que tinha como único amigo seu irmão Theo, que por sua vez estava por casar-se. O casamente de Theo constribui para a inquietação de Vincent, que teme pelo afastamento do irmão.[1]
Saint-Rémy
Em 1889, aos 36 anos, pediu para ser internado no hospital psiquiátrico em Saint-Paul-de-Mausole, perto de Saint-Rémy-de-Provence, na Provença. A região do asilo possuía muitas searas de trigo, vinhas e olivais, que transformaram-se na principal fonte de inspiração para os quadros seguintes, que marcaram nova mudança de estilo: as pequenas pinceladas evoluíram para curvas espiraladas.[1]
Auvers
Em maio de 1890, Vincent deixou a clínica e mudou-se de novo para perto de Paris (em Auvers-sur-Oise), onde podia estar mais perto do seu irmão e frequentar as consultas do doutor Paul Gachet, um especialista habituado a lidar com artistas, recomendado por Camille Pissarro. Gachet não conseguiu melhorias no estado de espírito de Vincent, mas foi a inspiração para o conhecido Retrato do Doutor Gachet. Em Auvers Van Gogh produz cerca de oitenta pinturas. [1]
Entretanto, a depressão agravou-se, e a 27 de Julho de 1890, depois de semanas de intensa atividade criativa (nesta época Van Gogh pinta, em média, um quadro por dia)[5], Van Gogh dirige-se ao campo onde disparou um tiro contra o peito. Arrastou-se de volta à pensão onde se instalara e onde morreu dois dias depois, nos braços de Theo.[1] As suas últimas palavras, dirigidas a Theo, teriam sido: "La tristesse durera toujours" (em francês, "A tristeza durará para sempre").[6]
A doença
Na ocasião, o diagnóstico de Van Gogh mencionava perturbações epiléticas, ainda que o diretor do asilo, Dr. Peyron, sequer fosse especialista em psiquiatria. As crises ocorriam de tempos em tempos, precedidas por sonolência e em seguida apatia. Tinham a média de duração de duas a quatro semanas, período no qual Van Gogh não conseguia pintar. Nestas crises predonimavam a violência e as alucinações. No entanto, Van Gogh tinha consciência de sua doença e lhe era repulsivo viver com os demais doentes mentais da instituição.[1]
"Após a experiência dos ataques repetidos, convém-me a humildade. Assim pois: paciência. Sofrer sem se queixar é a única lição que se deve aprender nesta vida."
— Vincent Van Gogh

A doença de Van Gogh foi analisada durante os anos posteriores e existem várias teses sobre o diagnóstico. Alguns como o doutor Dietrich Blumer, em artigo publicado no American Journal of Psychiatry, mantém o diagnóstico de epilepsia do lobo temporal, agravada pelo uso do absinto.[4]
Segundo alguns, Vincent teria sofrido de xantopsia (visão dos objetos em amarelo), por isso exagerava no amarelo em suas telas. Esta xantopsia pode ou não ter surgido pelo excesso de ingestão de absinto, que contém tujona, uma toxina. Outra teoria seria que doutor Gachet teria indicado o uso de digitalis para o tratamento de epilepsia, o que poderia ter ocasionado visão amarelada a Van Gogh.[7] Outros documentos relatam ainda que na verdade Van Gogh seria daltônico.
ainda diagnósticos de esquizofrenia[8] e de transtorno bipolar do humor, sendo este último o diagnóstico mais aceito.[4][9][10][11]
Consta que na família de Van Gogh existiram outros casos de transtorno mental: Théo sofreu depressão e ansiedade e faleceu de "demência paralítica" (neurossífilis), no Instituto Médico para Doentes Mentais em Utrecht. Wilhelmina era esquizofrênica e viveu durante 40 anos neste mesmo instituto e Cornelius cometeu suicídio aos 33 anos de idade. [6][12]
Óleo sobre tela, dimensão 50X70 estilo acadêmico.A assinatura completa e encerra todo o trabalho "Max".

Madona e a criança

Rafael - ou mais precisamente Rafaello Sanzio (1483-1520) - considerado um dos grandes nomes do Renasciomento italiano, atingiu a perfeição na composição e no realismo ao pintar Madona e a Criança em 1505.
Nesse quadro se vê de forma clara o sinal de Babinski quando o menino Jesus leva o pé esquerdo de encontro ao manto da Virgem Maria.
É claro que a representação do sinal de Babinski nas obras de grandes artístas é meramente a representação de um reflexo, haja visto que eles não tinham a noção científica do seu significado.
Porém, ao pintar o sinal , evidenciavam a capacidade de observação inerente aos bons artístas, o que nos leva a acreditar que as reprodoções das cenas da Virgem com o menino Jesus são as mais perfeitas e precisas possíveis.
Madona e a Criança (1505), Rafael Sanzio (1483-1520) óleo sobre madeira, 84X55cm Palácio Pitti (Florença).
"Minha decisão por realizar a releitura desta belíssima obra, foi puramente por admirar profundamente os trabalhos, independentemente da técnica usada pelo pintor da época, pois como podemos observar nesta minha releitura , há detalhes impressionantes das figuras humanas cujo os artístas da época sabiam colocar com extrema maestria".
Óleo sobre tela, dimensão 50X70 estilo acadêmico.
A assinatura completa e encerra todo o trabalho "Max".